Duas mesas de conciliação e o compromisso do Governo do Paraná em apresentar uma proposta até 19 de abril para os quatro anos sem reajuste fizeram com o que os funcionários do Tecpar suspendessem a greve marcada para o dia 21 de março. Embora esteja previsto em convenção coletiva, os trabalhadores sofrem com quatro anos de calote em seus reajustes salariais, totalizando 19,4% de perdas.
A decisão de suspensão e adesão ao estado de greve ocorreu na sexta-feira (18) em assembleia ocorrida na sede da entidade. Pesou na escolha a reunião de conciliação com o governo que ocorreu no dia 15 de março. Também se somou a sinalização de proposta para o reajuste feita pelos representantes do estado aos sindicatos em encontro ocorrido na Superintendência Regional do Trabalho do Paraná.
Na discussão com as presenças do Senge-PR, Siquim, Sindaspp e emissores do Tecpar, “houve avanço em tratativas tanto na esfera governamental, quanto na Justiça do Trabalho”. Segundo o Instituto, uma reunião ocorrida no dia 17 “envolvendo o Governador do Estado, a Casa Civil, a Secretaria da Fazenda e a Procuradoria-Geral do Estado” apontou para a autorização de um “possível acordo” que solucionaria as ações judiciais pendentes.
A assembleia aprovou acompanhar a evolução das negociações, reunindo-se às sextas-feiras para avaliar o movimento. Os trabalhadores contam com o apoio do Ministério do Trabalho, que afirmou acompanhar de perto as rodadas de negociação. A expectativa é de que a partir da segunda-feira (21), o governo já tenha rascunho de uma proposta a ser apreciada pelos funcionários do Tecpar.
Há dois anos em negociação, os trabalhadores apontam que têm perdas de 5 salários e 3 mil em vale alimentação não recebido por conta do calotaço. Unidos, eles reforçam o discurso: “Governador, faça o pix”.