Brasil precisa recuperar sua indústria e empregos

Esquenta para protesto contra Governo enfatiza a grave crise econômica e social

Presidente participa da live das centrais
Comunicação
30.SET.2021

As Centrais Sindicais realizaram uma live para preparar as manifestações do dia 2 de outubro. O esquenta serviu para unificar as pautas dos sindicatos e partidos que protestam contra o Governo Bolsonaro. Após mil dias como presidente, o desemprego aumentou, os combustíveis dispararam, a pobreza se ampliou, a fome voltou, o país corre risco de apagão e perdeu sua capacidade de ser competitivo internacionalmente.

Presente no evento, o presidente do Senge-PR, Leandro Grassmann, destacou os retrocessos para a engenharia neste período. Segundo ele, Bolsonaro não representa a categoria. “Bolsonaro veio para servir grupos econômicos como agronegócio, extrativismo, e uma série de atividades ilegais”, listou.

Afetada pela pandemia e a incapacidade do Governo Federal de coordenar a retomada econômica, a indústria tem sofrido muito com a atual gestão nacional. Pesquisa da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) mostra que a queda de confiança atinge todos os setores da indústria em setembro. 30 setores foram pesquisados. No setor de bebidas está a maior descredibilidade com relação ao governo.

Confiança no governo reduz. Fonte CNI

“Mais de 5,5 mil indústrias fecharam em 2020. Uma média de 17 por dia. Entre elas, Ford, Sony, Roche, Nikon, Nike, a Audi e a Mercedes reduziram produção. A indústria de transformação, que sempre teve um peso enorme no PIB, está com o menor peso desde 1947, segundo a FGV. O que vemos é a nossa indústria, nossa transformação e engenharia ser completamente destruída para a gente virar o “fazendão’ do mundo com um agronegócio prejudicial a maioria da população”, critica Leandro Grassmann.

Segundo o IBGE, 14,4 milhões de brasileiros estão desempregados. Dados recentes do IPEA revelam que “o avanço recente das contratações está ocorrendo principalmente em setores que empregam relativamente mais mão de obra informal”, ou seja, com menos direitos.

“Eu me pergunto, onde estão aqueles que diziam não ter bandido de estimação? Aqueles que diziam se for ruim, a gente tira? Sumiram”. É preciso que apareceram para defender os interesses do Brasil e dizer um basta para aqueles que estão destruindo nosso país”.

2 de outubro

Mais de 200 atos devem ocorrer pelo Brasil nas manifestações de 2 de outubro contra o Governo Bolsonaro. Os protestos reúnem sindicatos, partidos de oposição, da chamada terceira via e movimentos sociais de esquerda e de direita.

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