O Brasil vive um momento que demanda atenção especial de indivíduos e de toda a sociedade. Os rumos das eleições de 2022 estão sendo traçados agora com as decisões tomadas por instituições e por atores políticos. Embora o cenário sobre o ano que vem ainda esteja indefinido, os lados dessa disputa estão cada vez mais claros. As escolhas partem de como estes personagens se posicionam em relação ao sistema de voto, sobre como o Congresso Nacional se debruça sobre o Distritão, modelo que privilegia campanhas ricas e com mais visibilidade pública em detrimento da diversidade da sociedade, o bilionário Fundão de R$ 4,7 bilhões até aqui não vetado pela presidência da República.
Por outro lado, essas escolhas passam por outros posicionamentos de igual ou até mais relevância para sociedade, pois alteram sua dinâmica a curto e médio prazo, seus direitos e garantias, sua perspectiva de futuro. Essas decisões são tomadas, muitas vezes de forma atropelada ou às escondidas, sem o devido debate, como Reforma da Previdência, Trabalhista, Ambiental. Outras decisões a serem tomadas como a Minirreforma Trabalhista que “passa a boiada” na fiscalização trabalhista e permite a precarização de direitos constitucionais como férias, 13o, FGTS e aposentadoria, calotes fiscais e repaginação de programas com objetivos eleitorais, devem entrar no radar da sociedade que, maduramente, vai avaliar quais alternativas realmente podem pacificar o país e retomar a agenda de crescimento e desenvolvimento.
Neste sentido, não há espaço ou condições para alianças com figuras públicas, ocupantes de cargos representativos ou de classe e partidos políticos que sustentam ataques à democracia ou votam a favor de projetos que trazem retrocesso, rebaixam a legislação de proteção aos trabalhadores ou promovem redução de sua renda sob o falso pretexto de gerar empregos. Trabalho precário é trabalho precário.
O Senge-PR, entidade com mais de 85 anos de atuação séria e ponderada, ciente de seu papel histórico na defesa e promoção dos interesses da sociedade paranaense e brasileira, é uma entidade que sempre se posicionou na vanguarda. Episódios contra a venda da Copel, sobre pedágios, infraestrutura e meio ambiente, agricultura, organização da sociedade e serviço público e defesa do Salário Mínimo Profissional são exemplos desta atuação. Premissas que posicionam o sindicato no sentido de manter o necessário diálogo com entidades e instituições tendo como norte fundamental o desenvolvimento coletivo, a ampliação de conquistas sociais, as correções de injustiças e a proteção do bem comum. Projetos pessoais não entram no escopo desta entidade. Projetos partidários que atacam direitos das minorias ou impedem avanços como paridade de gênero não encontram guarida neste sindicato. O projeto do Senge-PR é e sempre será de interesse coletivo.