O Brasil tem 985 mil profissionais registrados no Confea. Destes, 799 mil são engenheiros e 185 mil são engenheiras. Isso representa apenas uma profissional mulher para cada 4,3 homens. No Paraná, a diferença não é muito diferente. Dos 59 engenheiros e engenheiras registrados no CREA-PR, 48,3 mil são homens e apenas 10,7 mil são mulheres.
A diferença não é apenas de números, mas também de postos de liderança e de salários. Um estudo elaborado pelo DIEESE, FISENGE, Mútua e Senge-PR, O mercado de trabalho e a formação dos engenheiros no Brasil, revelou que os rendimentos médios das mulheres equivalem a 82,1% do dos homens. Uma engenheira mecânica, por exemplo, recebe 80% de um engenheiro mecânico, na média.
Esses fatores levam o Conselho, por meio do Programa Mulher, a traçar como meta atingir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável – ODS nº 05 da ONU, além de fomentar a elaboração de políticas atrativas para mulheres engenheiras, agrônomas e da área das geociências dentro das diversas entidades de classe.
O que diz a meta 5? Que é preciso alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. É foco eliminar todas as formas de discriminação de gênero, nas suas intersecções com raça, etnia, idade, deficiência, orientação sexual, identidade de gênero, territorialidade, cultura, religião e nacionalidade, em especial para as meninas e mulheres do campo, da floresta, das águas e das periferias urbanas.
Mas, apesar desses obstáculos, muitas engenheiras têm conseguido avançar na profissão e assumir posições de protagonismo no mercado. Mesmo em empresas (embora isso seja um clichê) consideradas masculinas.
É com três engenheiras de destaque no Paraná que o programa Senge Inovação, organizado pelo Coletivo de Mulheres do Senge-PR, vai conversar em sua próxima edição. O objetivo é que elas possam relatar como atingiram destaque, quais foram as barreiras e como encaram os desafios.
A conversa é dia 25 de março, às 19h00, no Facebook do Senge-PR.
ENTREVISTADAS:
Marina Marques – Engenheira Mecânica pela UFPR, pós-graduada em Gestão da Qualidade Produto / Processo pela PUC-PR. 37 anos, casada, “mãe” de 3 cachorros.
15 anos de experiência na Indústria Automotiva. Gerente de Engenharia de Produto / Arquitetura Veicular na Renault do Brasil.
Caroline Pinto – Engenheira mecânica com duplo diploma formada pela UFPR e pela UTC na França.
Sou Curitibana, casada, tenho 2 filhos, o João de 4 anos e o Thomas de 3 anos, e todo meu tempo livre dedico às crianças, procurando atividades que toda a família possa se divertir junta. Há 2 anos assumi a posição de gerente dentro da Engenharia da Renault em uma área bastante transversal, a de a PMO e gestão de Performance, um desafio imenso e gratificante.
Nadia Covizzi – Engenheira Mecânica, especialista em Eng. Energia (UNESP) e em Gestão Estratégica em Suply Chain (MIT) e Lean Manufacturing (Bosch Expert Training) e atualmente cursando Pós Graduação em Engenharia e Gestão da Indústria 4.0 (PUCPR). Atualmente é gerente de manufatura Bosch Production System (BPS).
PROGRAME-SE
- Senge Inovação
- Mulheres de destaque na Engenharia
- 25 de março – 19 horas – Facebook Senge-PR