O modelo econômico que amplia as diferenças, os juros altos aplicados para pagar enorme dívida pública, o sucateamento dos sistemas educacional e de saúde e a precária infraestrutura de atendimento básico são algumas das heranças do golpe militar que até hoje atrasa o Brasil e que cujos efeitos têm influência direta na vida das pessoas.
Para mudar este quadro – de forma que a população tenha acesso ao que necessita e ao que lhe é de direito – é necessário que haja o compromisso das futuras gerações, e mais que isso, que os cidadãos do presente e do futuro sejam os artífices da mudança, a partir da militância política e da preservação da democracia e de suas instituições.
Para debater o cinquentenário do golpe que instalou a ditadura no Brasil e os reflexos desse período negro da história do nosso país para a engenharia e a sociedade, o Senge-PR reuniu, na noite de terça-feira, 1º de abril, pessoas que lutaram contra o regime militar e que muito têm a ensinar à nova geração e também àqueles que não tiveram acesso à verdadeira história do período de repressão.
“Estamos fazendo a nossa ‘descomemoração’ em 1º de abril, no Dia da Mentira, dos 50 anos de uma das piores fases da história do Brasil. Ao relembrar essa época e avaliar os seus efeitos o sindicato renova a sua posição em defesa da democracia e da liberdade”, afirmou o presidente do Senge-PR, Ulisses Kaniak ao abrir o encontro que lotou o auditório do Sindicato.
Foram palestrantes: Claudio Antonio Ribeiro, advogado trabalhista, ex-dirigente sindical e preso político na época da ditadura; Narciso Pires, presidente da ONG Tortura Nunca Mais/PR; a advogada Clair da Flora Martins; Ivete Caribé, do Fórum Paranaense da Verdade; Luiz Carlos Correa Soares, engenheiro eletricista, ex-presidente do Senge-PR, Vinícius Martins, estudante de agronomia da UFPR integrante do Senge Jovem.
