Deputados rejeitam destaques e punem mais pobres

Senge Paraná
08.AGO.2019

Por Manoel Ramires

Não bastasse elevar o tempo de contribuição e a idade mínima para se aposentar, os deputados bolsonaristas rejeitaram todos os destaques da Oposição que traziam dignidade à população. Neste FIO DA MEADA você vai ver que os pobres e as viúvas foram os mais punidos.

A maioria dos destaques partiam de partidos de esquerda e visavam proteger os mais pobres. Apenas um destaque, do Novo, ia na direção contrária, atacando os professores. Um a um, os bolsonaristas rejeitaram emendas que, por exemplo, garantia um salário mínimo para as viúvas.

Outro destaque (PSOL) que garantia o abono salarial para os mais pobres e impedia corte de benefício de 1 milhão de paranaenses e 12 milhões de brasileiros foi novamente rejeitado. Já o destaque do PSB preservava a contagem de tempo para trabalhadores expostas a agentes nocivos também foi derrotado.

VIÚVAS | Dos deputados paranaenses, as exceções foram Aliel Machado, Boca Aberta, Enio Verri, Gleisi Hoffmann, Gustavo Fruet, Leandre, Luciano Ducci, Zeca Dirceu. 7 a 22. Clique e confira os votos e ausências.

ABONO | A mudança no abono corta benefício de 1 milhão de paranaenses e ameça futuro das cidades. Apenas 5 deputados foram contra. 23 votaram a favor do corte. Confira os votos.

APOSENTADORIA ESPECIAL | As mudanças que praticamente acabam com a aposentadoria especial foi aprovada por 23 deputados do Paraná e rejeitada por 5 deputados presentes. Os votos você vê aqui.

Confira outros destaques rejeitados, de acordo com o site da Câmara dos Deputados e como votou cada deputado.

Destaque do PT, rejeitado por 364 votos a 130, permitia contar o mês de contribuição mesmo que o recolhimento feito pelo segurado fosse sobre valor inferior ao salário mínimo.

Destaque do PT, rejeitado por 346 votos a 146, queria excluir da PEC regra que restringe o recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) a pessoa idosa ou com deficiência de família com renda mensal per capita inferior a um ¼ do salário mínimo;

Destaque do Novo, rejeitado por 394 votos a 9, queria excluir a transição para servidores públicos e segurados do INSS na qual se exige “pedágio” de 100% do tempo de contribuição que faltar para cumprir esse requisito;

Destaque do PSB, rejeitado por 347 votos a 137, propunha excluir o aumento de pontos exigidos do trabalhador sujeito a agentes nocivos (químicos, biológicos e físicos) na regra de transição. Esses pontos são a soma de idade e tempo de contribuição;

Destaque do PDT, rejeitado por 352 votos a 136, que pretendia excluir a exigência do “pedágio” de 100% do tempo de contribuição que faltar para atingir o requisito de 30 anos de recolhimento para mulher e de 35 anos para homem no âmbito de uma das transições para segurados do INSS e servidores públicos;

Destaque do PT, rejeitado por 352 votos a 135, que pretendia manter o cálculo atual das aposentadorias pela média dos 80% maiores salários de contribuição, em vez da proposta, que determina a média de todos os salários de contribuição.

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