Os ataques à educação brasileira têm devolvido o protagonismo dos estudantes universitários na agenda pública. Além das duas greves gerais realizadas contra os cortes de verbas nas universidades, a juventude agora se organiza para combater a privatização e precarização do ensino superior. Durante o 57º Congresso Nacional da União Nacional dos Estudantes (Conune), em Brasília, ficou definido que a primeira ação estudantil sob comando da UNE será a participação na greve geral prevista para o dia 13 de agosto.
O novo presidente da UNE, Iago Montalvão, destaca a centralidade da pauta contra a privatização. “Esse é o projeto que estava em curso ao anunciar os cortes de 30%, intervir na indicação dos reitores e na autonomia das universidades: o desmonte da gratuidade. Para nós, o projeto é um imenso retrocesso”.
Senge Jovem
Em meio a essa onda de enfrentamento que o Senge-PR está atuando pela retomada do programa Senge Jovem, que foi criado em 2013 seguindo uma proposta inovadora no movimento sindical que buscava integrar ao sindicato uma nova geração de trabalhadores, estudantes engenheiros, ainda em formação.
A retomada do Senge Jovem passa por realizar uma atividade no início do 2º semestre, na sede do Senge, convidando estudantes e jovens profissionais das engenharias de Curitiba e RMC, com representantes das regionais, para relançar o projeto Senge Jovem.
“A expectativa é os estudantes e debater a situação atual da engenharia brasileira e paranaense, os desafios da categoria e a necessidade de repensar a organização da classe trabalhadora, tanto estudantil quanto sindical”, explica Cícero Martins, coordenador do programa que está sendo retomado.
Além de atividades de formação, o Senge Jovem também deve ampliar parcerias que possam melhorar as condições de vida dos estudantes associados. Atualmente, o Senge-PR oferece aos estudantes um Plano de Saúde Unimed com descontos especiais (veja aqui).
“Vamos buscar adaptar os convênios oferecidos aos engenheiros associados, fazendo uma customização à juventude e buscar novas parcerias com, por exemplo, coworking, coaching, preparação para concursos, programação, intercâmbio, escolas de música, teatro, cinemas, livrarias, para que os estudantes reduzam seus custos e se aproximem da luta sindical”, destaca Cícero.