Os estudantes de Maringá tiveram um motivo especial para tomar as ruas no dia 15 de maio. Além dos cortes na educação promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD) também pretende seguir os passos de seu aliado. No último dia 3 de maio, a reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM) se reuniu com o governo do estado afirmando que o corte de 30% afetaria drasticamente o ensino e ainda pode fechar Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas, (Lepac). De acordo com a UEM, o “corte de verbas na Universidade Estadual de Maringá (UEM) atingiu R$ 12,6 milhões em 2018 e até o momento é de R$ 5 milhões em 2019”.
A Reitoria da UEM declarou apoio as manifestações acontecidas na cidade e em todo Brasil. “A UEM faz parte do patrimônio do Paraná e do Brasil, assim como todas as universidades que oferecem ensino público e de qualidade. São instituições indispensáveis à vida nacional, pois são pilares da cultura, ciência, conhecimento, enfim da civilização que constituímos”, aponta nota da Reitoria.
O protesto contra os cortes na educação aumenta a pressão sobre o governador Ratinho Júnior, que instalou gabinete intinerente em Maringá ontem (15). “O movimento é essencial para mostrar à sociedade que a comunidade ligada a educação, ciência e tecnologia é ativa e está em defesa de um capital construído ao longo da história. Não podemos pensar em cortes de recursos para a Educação, pois, dependemos muito da Educação em todos os seus níveis”, pronuncia o reitor da UEM, Julio César Damasceno ao site da UEM.
Na semana passada, deputados estaduais da região de Maringá encaminharam uma carta ao governador solicitando recursos e contra os cortes da educação. No documento, eles solicitam a “exclusão (do corte de ) recursos do Lepac (Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas) da UEM e receitas semelhantes da desvinculação das receitas dos estados e municípios (DREM).