*Parecer da presidência
Após diversas rodadas de negociações e negativas dos trabalhadores nas assembleias do ACT 2024, a discussão será retomada em 23 de janeiro. A postura da empresa no processo negocial continua marcada pela inflexibilidade, desinformação e descaso com a importância dos trabalhadores e suas históricas conquistas. Essa atitude resulta na ausência de avanços significativos e em um impasse que traz a lógica privada para um serviço essencial à sociedade paranaense.
Apesar das tentativas de construção de propostas concretas por parte dos sindicatos, o retorno da empresa tem sido sistematicamente negativo, revelando despreparo e falta de autonomia de seus representantes. Um exemplo claro é a recusa da gestão em fornecer uma carta de garantia de data-base, que asseguraria a aplicação retroativa dos termos negociados a partir de outubro de 2024. Sem esse compromisso, a retroatividade passa a depender da negociação em um cenário em que a empresa já demonstrou pouca flexibilidade e um processo terceirizado de negociação.
Nesse contexto, a mobilização dos trabalhadores torna-se ainda mais essencial para proteger conquistas e garantir avanços. Não aceitaremos retrocessos em direitos e benefícios que foram alcançados com muita luta. A lógica privatista que permeia a gestão da Copel não reconhece a importância dos trabalhadores e trata conquistas legítimas como privilégios, reforçando a necessidade de unidade e resistência.
Enquanto desejamos a todos e todas um final de ano repleto de paz, alegrias e esperança, reforçamos a necessidade de começarmos 2025 com determinação e força para continuar essa luta. A incerteza do cenário não pode abalar nossa vontade de fazer a diferença. Nada nos foi dado de graça, e o futuro de nossos direitos depende da nossa disposição em lutar.
Leandro José Grassmann
Presidente Senge-PR