Jovem Engenheiro Paranaense é Premiado Internacionalmente por Inovação em Bioenergia

Engenheiro ambiental Transforma Resíduos de Cana em Energia Sustentável

Comunicação
13.DEZ.2024

O engenheiro ambiental Thiago Edwiges, professor da UFPR do Campus Medianeira e pós-doutorando da UFPR, recebeu o prêmio Young Innovator Prize durante a 9ª edição do Seminário de Jovens Cientistas dos BRICS. Sua pesquisa propõe a bioconversão de resíduos da indústria de cana-de-açúcar em hidrogênio e biometano, criando um energético mais eficiente, denominado bioitano, para substituir o gás natural.

Thiago e sua equipe desenvolveram uma tecnologia de conversão biológica em duas etapas, separando a extração de hidrogênio e metano. O processo não apenas promove a economia circular, mas também melhora o tratamento de resíduos da indústria da cana, utilizando bagaço e vinhaça. “O bioitano pode substituir o gás natural e ser usado na frota que transporta a cana do campo para a indústria, enquanto o biofertilizante retorna ao solo de forma tratada e estabilizada”, explica.

Motivado pela conexão entre engenharia ambiental e bioprocessos, Thiago participou do prêmio para demonstrar como a bioenergia pode impulsionar a bioeconomia brasileira. Competindo com 40 jovens cientistas de 10 países, ele apresentou a viabilidade econômica de sua proposta, destacando o baixo aproveitamento do potencial de biogás no Brasil — apenas 5%.

“A pesquisa no Brasil é desafiadora em termos de financiamento e infraestrutura, mas o prêmio mostra que o investimento em ciência e tecnologia está valendo a pena”, afirma. Para ele, o reconhecimento é um incentivo para continuar avançando na área de bioenergia.

Thiago acredita que o Brasil pode liderar a produção de biogás e biohidrogênio, contribuindo para a matriz energética renovável e a sustentabilidade global. “O mundo está atento ao potencial do Brasil nesse setor. Precisamos perseverar e ter uma visão de longo prazo”, conclui.
Para Thiago Edwiges, a premiação não é apenas um marco pessoal, mas também uma oportunidade para projetar o Brasil como referência global em bioenergia. “É essencial investir em ciência e acreditar no potencial do país. Estamos apenas começando a explorar o que a engenharia pode fazer pelo futuro do planeta”, finaliza.

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