Copel é denunciada ao TCE e Ministério Público do Trabalho

Questionada sobre diretor, empresa não tomou medidas para afastar possíveis irregularidades

Foto: Geraldo Bubniak/AEN
Comunicação
31.MAR.2021

A empresa de energia do Paraná Copel foi denunciada ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público do Trabalho do Paraná. As acusações possuem 181 e 195 páginas e foram encaminhadas no último dia 25 de março. Nelas, é pedida investigação para desvios funcionais cometidos no exercício do cargo pelo diretor de Operações e Manutenção da Copel Geração e Transmissão, Thadeu Carneiro da Silva. Segundo os documentos, mesmo após o alerta de possíveis irregularidades, a Copel nada fez para afastar o funcionário do alto escalão.

Na denúncia feita à procuradora-Chefe, Dra. Margaret Matos de Carvalho, da Procuradoria Regional do Trabalho da 9ª Região, Ministério Público do Trabalho, é solicitado a abertura de inquérito civil por conta de declarações depreciativas contra funcionários, por comportamento temerário durante a pandemia e por conflito de interesses com possíveis prejuízos aos interesses econômicos da Copel. O processo já foi despachado e está sob análise do MPT desde o dia 30 de março.

Já a denúncia feita ao Tribunal de Contas do Estado, além dos fatos mencionados ao MPT, é feito pedido de abertura de tomada de contas extraordinária. O argumento utilizado é de falta de transparência na gestão. “A supremacia do interesse público sobre o interesse particular, e a indisponibilidade do interesse público. No caso, há uma cisão visível e inconfundível entre interesse público e interesse particular. Há vedação expressa no sentido de que seja vedado aos administradores e ocupantes de cargo de gestão a posição de conflito de interesses particulares com os interesses da empresa”, alerta a queixa que já está sob análise do Tribunal.

O pedido de investigação é realizado por entidades sindicais que têm interpelado a direção da Copel desde o começo do ano, conforme as denúncias apresentadas. Os sindicatos ainda cogitam apresentar as denúncias em outras instâncias como Comissão de Valores Mobiliários e a Bolsa de Valores de Nova York, tendo em vista que a Copel deve cumprir preceitos de compliance.

DOCUMENTOS

  • Sugestão de entrevistado
    Leandro Grassmann, presidente do Senge-PR – 41 9915-5621
  • Mais informações: Manoel Ramires (assessoria imprensa) 41 988136950

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