CARTA À SOCIEDADE: SONHOS PRECISAM SER ALIMENTADOS

Engenharia Contra a Fome: Senge-PR realiza campanha por doações

Comunicação
10.JUN.2021

O cenário de crise econômica e desemprego promovidos pela pandemia de Covid-19 aliado à descontinuidade de importantes programas sociais trouxeram o Brasil novamente para o Mapa da Fome. O país tem 14,8 milhões de desempregados, o que representa 14,7% da população economicamente ativa – o maior contingente da série histórica. Dados esses agravados por mais de 6 milhões de brasileiros que desistiram de procurar emprego e a quase 1/3 dos empregados subutilizados ou em trabalhos precários. No país, atualmente, do total de 211,7 milhões de brasileiros, 116,8 milhões convivem com algum grau de Insegurança Alimentar e, destes, 43,4 milhões não têm alimentos suficientes para pôr em sua mesa. Além disso, o país convive “pacificamente” com os mais de 19 milhões de concidadãos que enfrentam a fome diariamente.

Retrospectivamente, muitos fatores contribuíram para que a nação deixasse o Mapa da Fome em 2014: entre eles o amplo alcance do programa Bolsa Família e outros programas sociais, o Pleno Emprego e o aumento contínuo do poder de compra dos brasileiros. Para se ter uma ideia, entre 2001 a 2017, o Brasil conseguiu reduzir a sua pobreza em 15% e a extrema pobreza em 25%, segundo o IPEA. Por outro lado, a descontinuidade recente das políticas voltadas para o povo acabou com esse ciclo de justiça social, aumentando novamente a desigualdade social: os pobres ainda mais pobres e os ricos ainda mais ricos.

A nova realidade é de um país que é assolado por uma pandemia minimizada, a princípio, pelas autoridades, que pouco ou nada fazem para impedir a contaminação em massa, subvalorizam a ciência e ainda não compraram vacinas suficientes para imunizar a população. Um país cujo o valor do auxílio emergencial é insuficiente para a compra de sequer uma cesta básica e que não possui política para redução da informalidade e para a geração de empregos. A fome retorna como reflexo da crise econômica que se arrasta há pelo menos cinco anos, das reformas que retiram direitos do povo brasileiro e do fim da política de valorização do salário mínimo.

Tantas mudanças ocorrem em nosso país enquanto observamos os brasileiros cada vez mais abaixo da linha da pobreza, dos interesses de políticos, assim como uma certa apatia da sociedade. Situação essa que o Senge-PR não compactua. Para o sindicato, se tem gente com fome, se tem gente que não come, a ajuda de um pouco de todos cura a fome de muitos.

É por isso que damos início a essa Campanha do Senge Solidário. Afinal, essa é uma das missões do sindicato, como estipula o Estatuto da Entidade, em seu primeiro artigo. “O Senge-PR tem por missão auxiliar a sociedade nas questões de engenharia e contribuir para a democratização das instituições e para o desenvolvimento humano”.

O “Senge Solidário: Campanha Contra a Fome” surge nesta conjuntura para contribuir no combate à fome com três tipos de ações: a divulgação dos dados da fome, dos canais de arrecadação e doação e dos parceiros que estão nesta incansável batalha.

A campanha  tem como objetivo dar mais visibilidade ao problema e ainda incentivar a classe da engenharia a participar, seja doando recursos financeiros, seja prestando assessoria técnica. Seja uma doadora, seja um doador. Coloque a Engenharia Contra a Fome e mostre que além de construirmos sonhos, também sabemos alimentá-los.

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